Existe uma faceta
Para cada cor
A minha branquitude
Vos matou
Com seu egoísmo
Os atacou
Esqueceu os privilégios
Até na hora de sentir a dor
Ninguém pensa que por
Ser branco
Aumenta as
batalhas com ardor
Pelo motivo
que: não aumenta!
Refleti então
O que está enraizado em mim
Aceitei aquilo que neguei existir
Não sou perseguida em lojas
Por apenas passar ali
Nem rejeitada em vagas
Por seus padrões não alcançar
Se o pedido é cada vez
Tornar-se mais claro
Com nariz afilado
Vai ser separado
O branco, branquíssimo
E branco encardido
somos fissurados
com isso
Determinando etiqueta
Somos peças exibidas
Em açougueiros
Leve aquele que tem maior preço
(dizem, o valor define qualidade)
Só não espere que dentro
Esteja em perfeito apreço
Não sente?
Somos pobres
De marré
Mas já nos abraçam
Achando que somos ricos
De dar ré
Indo e voltando a pé
Pedem pra eu pagar a bebida
Pois sou branca e tenho bufunfa
É nessas horas que vemos
Que seríamos aceitos
Sem questionamentos
O recorte de classe e gênero
É um adendo
Temos privilégios
Temos que reconhecer
E como que lutamos
Contra o racismo??
Refletindo & agindo
Não somos super hérois
Que fique marcado
Porém temos papéis a
Serem desempenhados
Enxergar o que consumimos
Pois a mídia vem
Frequentemente nos servindo
Mudar se preciso
Permitir conhecer
Novos caminhos
Estudar a história
Conscientizar
Outras pessoas brancas
A nossa volta
E olhar quem são
Os amigos que nos entorna
E saber bem o que nos torna
O que somos
E como a branquitude
Nos forma!
Muito bom!
ResponderExcluirObrigada, amigo!
Excluir