quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Dez de espadas?

Coloque as cartas 

na mesa

sem meias verdades 

Vamos jogar limpo

Vejo o nosso passado,

presente e futuro


Eu era O louco

Ingênua e inconsequente

um cãozinho bobo 

Segurei-te em mim

Uma rosa branca entre os dedos

Pulando a esmo 

em penhascos atraentes

com vista para vales 

belos resplandecentes 


Tu era O Sol 

Adornado de girassóis 

Vibrante cavalgando 

um cavalo branco 

com um lenço vermelho

a sacudir feito estandarte


Anjos de asas vermelhas

voaram

Faltou em mim

O equilíbrio do sentir 

o que senti por ti 

Deixei os pés afundarem na água

coberta dela as taças 

transbordaram 

E o céu aceso 

ficou apagado


A Torre ruiu

Tamanha tempestade

Raios nos atingiu

E o incêndio se alastrou

A Sacerdotisa sabe

o segredo 

Um véu se ergueu

quem enxerga a

passagem?


Tiro o 3 e o 9 de espadas

Desapontada

magoada 

a mente e o coração atravessados 

de dor amarga


Vi em você o 

Dois de espadas 

A indecisão encrustada 

na alma

até não restar nada além

de nada 

Somos um dez de espadas

A morte cavalgando na estrada

No barco uma mulher 

e seu filho

o rio passa


Coloque as cartas 

na mesa



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