sábado, 20 de outubro de 2018

Sonhos


O meu chão, na verdade, é o céu 
Caminho por ele enquanto junto estrelas como se fossem pedrinhas
E carrego em meus braços quase as derrubando de tantas que são 

As vezes tento jogar bolinha de gude 
Fazer malabarismo 
Antes que as luzes se apaguem e não exista mais nada para iluminar a negritude desse espaço 
Vácuo 

Corro de um buraco negro devorador de sonhadores 
Sem saber ao menos se ele está perto demais
Longe demais 
E mesmo com a certeza desse final 
Ainda espero tudo brilhar outra vez 

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