Gosto de esticar
o meu pescoço
ao máximo que consigo
E entreabir meus lábios
em verdadeiro
delírio
Enquanto recebo
o deslizar do vinho
pela língua,
glote,
garganta
não anseio o açúcar
das uvas
apenas almejo
O seco
O sofrimento
O corte
O tapa
O lampejo
Do relâmpago
Nos seus olhos
Sombrios
De desejo
Gosto de provar
O quanto aguento
Pago o que for preciso
Então fica atento
Só quero o que não é meu
O que já é
Faço arder
E num fraquejo
Quando me movimento
Causo medo
Estou em sintonia
Com a terra
Não está vendo?
Ela gira
E o meu quadril
Acompanha
A lua fez a maré subir
Por isso estou aqui
Derramando
O mar inteiro
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