A penumbra da noite
Órbitas lunaresArregaladas vigiam
Aterrorizada
Sem piscar
O sono tranquilo
De uma criança
O sono profundo
Cheio de sonhos
O sono doce...
Lua cheia
Uiva afligida
Da humanidade
que perdeu
Os dentes afiados
Machucam
sua própria gengiva
As garras afiadas
Machucam
sua própria pele
Os pelos
esquentam sua pele
antes tão morna,
fresca e macia
Agora áspera
O ser asqueroso
Em sua terrível
e abominante espécie
Finalmente
Pisca
E pisca tanto
Tanto
Que chora
Igual uma...
criança!
Acorda a criança
Que chama assustada:
É você, mamãe? Não chora!
Se tiver com medo,
dorme junto comigo.
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